Não é de hoje que notamos mudanças climáticas drásticas em nosso planeta, causadas principalmente pela emissões de gases de efeito estufa. Esses gases dificultam a dispersão para o espaço da radiação solar que é refletida pela terra, e grande parte é emitida pelos próprios seres humanos, em suas diversas atividades, sendo a principal a queima de combustíveis fósseis. Uma das consequências desses gases é o aquecimento global. Os principais gases-estufa presentes hoje na atmosfera são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), perfluorcarbonetos, entre outros.
Nas últimas décadas a emissão desses gases aumentou significativamente, pelo fato de terem intensificado diversas atividades que são as principais causadoras da emissão, como por exemplo as atividades industrias e a queimada de florestas.
Com o aumento do aquecimento global, vários países e organizações internacionais decidiram que era preciso fazer algo a respeito, pois era preciso impedir que as tais atividades interfiram de forma prejudicial no sistema climático do planeta. Foi adotada então, em 1992, durante a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do Clima (UNFCCC), que entrou em vigor em 1994. Esse tratado ambiental internacional visa estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera resultantes de ações humanas. Nessa conferência realizada em 1992, 179 países consolidaram uma agenda global pra minimizar os problemas ambientais mundiais.
Alguns compromissos assumidos pelos países-membros, são:
- elaborar inventários nacionais de emissões de gases de efeito estufa;
- implementar programas nacionais e/ou regionais com medidas para mitigar a mudança do clima e se adaptar a ela;
- promover o desenvolvimento, a aplicação e a difusão de tecnologias, práticas e processos que controlem, reduzam ou previnam as emissões antrópicas de gases de efeito estufa;
- promover e cooperar em pesquisas científicas, tecnológicas, técnicas, socioeconômicas e outras, em observações sistemáticas e no desenvolvimento de bancos de dados relativos ao sistema do clima;
- promover e cooperar na educação, treinamento e conscientização pública em relação à mudança do clima.
Em dezembro de 2015, foi realizado um grande acordo, chamado Acordo de Paris, que aconteceu na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, com uma proposta de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1.5ºC acima dos níveis pré-industriais. Esse acordo foi aprovado pelos 195 países da UNFCCC, porém, para entrar em vigor, é preciso da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% dos gases de efeito estufa.
Até o momento, 27 países ratificaram o acordo. No primeiro sábado desse mês (03/09/2016), a China e os Estados Unidos assinaram-o, o que foi ótimo pois eles são responsáveis por 20% e 18% das emissões mundiais e isso pode estimular outros países a fazerem o mesmo e também ratificarem o acordo. Se alcançar os 55% necessários, o novo acordo pode inicar ainda em 2016.
Na segunda-feira (12/09/2016), o presidente brasileiro ratificou o Acordo de Paris, durante cerimônia no Palácio do Planalto. Esse foi o último passo para que o Brasil adote as metas estabelecidas para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Até 2025, o país se comprometeu a reduzir 37,5% das suas emissões. O país responde por 2,48% das emissões em nível mundial e terem ratificado esse acordo envolverá o desenvolvimento de várias áreas, como tecnologia e infraestrutura, ajudando a combater o aumento da temperatura global.
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